De acordo com Vale Júnior (2000), nas condições climáticas da Amazônia, os solos, de modo geral, apresentam mineralogia típica de alterações monosialíticas, com predomínio de caulinita e oxi-hidróxidos de Fe/Al. Além das condições climáticas, o material de origem (sedimentos pré-intemperizados da Formação Boa Vista e produtos do intemperismo de rochas vulcânicas básicas da Formação Apoterí), têm marcante influência na mineralogia nos solos do Campus do Cauamé.
O mineral predominante na fração argila, de acordo com os resultados da difratometria de raios-X é a caulinita, mineral de argila 1:1 indicando relativo grau de intemperismo do LAdx e conseqüentemente pobreza química, resultando em baixa fertilidade (apêndice 1 e figura 8). Resultados semelhantes foram apresentados em outros trabalhos (EMBRAPA, 1982a; 1983; 1984; 1990a; 1990b; MELO, 2002; MELO et al., 2006). Dentre estes, destacamos o estudo realizado no Campus Experimental Monte Cristo (EMBRAPA, 1990b), pois, situa-se muito próximo ao Campus do Cauamé.
A presença da Goethita no horizonte diagnóstico está concordante com a coloração amarelada observada nesta classe de solo e com o grau de intemperismo, uma vez que este mineral é um hidróxido de ferro, característico de solos bastante intemperizados, e que, portanto, reforça a baixa fertilidade natural deste solo, já discutida na caracterização química e confirmada com o predomínio da caulinita na fração argila.